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Justiça e Arbitrariedade

JUSTIÇA E ARBITRARIEDADE

Sheikh Muhammad Ragip*

Apresentado na inauguração da Praça da Paz – São Paulo - setembro 2002

 

 

Este planeta em que vivemos foi abençoado, pela infinita misericórdia de Allah, com profusão de recursos, abundância de ar, de água, de minérios, de formas de vida vegetal e animal, na terra, no ar, nos oceanos.

 

Tanta riqueza natural foi colocada à disposição do ser humano, para que, fazendo uso de sua inteligência, a utilizasse para seu bem estar e progresso.

 

A administração destes recursos, se levada a efeito com justiça e equidade, harmoniza-se com a vontade do Criador, gerando equilíbrio, estabilidade e paz. Ao contrário, se subordinada a tirania da arbitrariedade gera desequilíbrio, violência e dor.

 

Arbitrariedade como a imposição de interesses próprios, em detrimento ao justo respeito aos interesses, direitos e necessidades de outros. Imposição pelo uso do poder e da força, seja físico, econômico ou militar.

 

Lamentavelmente, hoje vemos nações, que se consideram civilizadas e democráticas, fazendo uso deste instrumento, tão comum nos tempos de barbárie. Impondo pela força militar, econômica e política, de forma violenta, seus interesses em detrimento do justo direito de outros povos ou nações. Buscando resolver as divergências pelo ataque causando a morte de milhares de inocentes. Violando soberania de outros povos, impondo restrições comerciais injustas, recusando-se a cooperar à renovação dos recursos naturais que consomem de forma perdulária.

 

A nós religiosos cabe denunciar esta arbitrariedade. Alertar que não existe poder maior que o poder de Allah, nosso Criador. Temos o dever de não nos curvar às pressões, ou ceder à oferta de benefícios, por parte de governantes inescrupulosos, dano respaldo religioso à sua tirania.

 

O compromisso de um religioso é com Allah, com o Criador. É um servo de Allah para orientar a humanidade, esclarecendo o justo limite para sua ação e exercício de seu livre arbítrio. Furtando-se a esta função, o religioso torna-se instrumento do mal, maliciosamente corrompendo a humanidade ao distorcer a compreensão das leis divinas, para justificar a injustiça e a arbitrariedade.

 

 

Hajj Sheikh Muhammad Ragip al-Jerrahi